Quais são os principais riscos ao rodar com os Pneus murchos?

Quais são os principais riscos ao rodar com os Pneus murchos?

Rodar com pneus com calibragem abaixo do ideal aumenta o risco de acidentes, inclusive de capotamento, o consumo de combustível e o desgaste de vários componentes.

Embora nem sempre recebam atenção do motorista, os pneus são uma das peças mais importantes do carro. Afinal, eles são a única conexão do veículo com o piso. Portanto, se não estiverem bem calibrados, há riscos à segurança, bem como aumento do consumo de combustível. Da mesma forma, isso pode prejudicar outros componentes do carro, impactando diretamente no seu bolso. Listamos abaixo ao menos cinco riscos causados por pneus murchos.

1 – Aumento do gasto com Combustível

Se os pneus estiverem com a calibragem abaixo da recomendada, o consumo de combustível aumenta bastante. De acordo com dados da Continental, com a pressão apenas 3,0 psi (ou libras) abaixo do indicado, o carro vai gastar 2% a mais. Portanto, nessas condições, um veículo que roda 30 mil km por ano, chega a desperdiçar um 55 litros de combustível.

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Continental/Divulgação

2 – Estabilidade comprometida

Outro ponto que pneus mal calibrados podem causar é a perda de estabilidade. As variações são mais perceptíveis em pista molhada. Afinal, a banda de rodagem é desenhada para facilitar o escoamento da a água quando estivem em contato com o piso de maneira uniforme. Assim, se o pneu estiver irregular, o escoamento da água fica prejudicado.

Com isso, pode ocorrer aquaplanagem, que é quando os pneus perdem o contato com o solo ao passar por uma lâmina de água, por exemplo. Além disso, as respostas da direção tendem a ficar pesadas. Ou seja, isso é resultado da mudança da área do pneu que fica em contato com piso. Assim, é preciso mais força para virar a roda.

Continental/Divulgação

3 – Maior desgaste dos Pneus

Se o pneu estiver murcho, haverá maior desgaste da banda de rodagem. Além disso, o desgaste passa a ocorrer de forma irregular. Então, a parte que fica em contato com o solo (footprint) pode variar. Como resultado, ocorre um desgaste excessivo em pontos espaçados.

Quando a pressão está baixa, os ombros, ou seja, a parte de fora da banda de rodagem e que apoia o pneu no chão, também fica mais em contato com o piso. Isso provoca maior desgaste. Dessa forma, também pode haver perda de eficiência nas frenagens.

Por outro lado, se a pressão dos pneus estiver acima da recomendado, há mudança da curvatura da banda. Portanto, a parte central do pneu passa a ter ainda maior desgaste. Como resultado, tanto as arrancadas quanto as frenagens vão ser prejudicadas.

IPVA trânsito
Nilton Fukuda/Estadão

4 – Danos à suspensão

Além disso, pneus com calibragem errada prejudicam outros componentes do veículo. É o caso de peças da suspensão, por exemplo. Afinal, o atrito dos pneus no solo é alterado. Portanto, isso exigirá maior esforço de itens como buchas e bandejas. Além disso, o câmbio será mais exigido. No caso de caixas manuais, a durabilidade da embreagem ficará comprometida.

5 – SUVs e Picapes podem até capotar

Esses riscos são comuns a todos os veículos. Porém, nos maiores e mais pesados, como SUVs e picapes, podem ser mais graves. Isso porque os SUVs e as picapes, por exemplo, têm centro de gravidade mais alto. Portanto, em frenagens de emergência, bem como em mudanças bruscas de direção, a possibilidade de o veículo capotar é muito grande.

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Vagner Aquino/Jornal do Carro

Tome cuidado

Segundo especialistas, o ideal é verificar a pressão dos pneus, no máximo, a cada 15 dias. Além disso, os pneus devem estar frios. Outra dica é checar também o estepe. Para saber a pressão correta, basta consultar o manual do veículo. Além disso, a maioria tem plaquetas com essas informações no batente da porta dianteira ou na portinhola do bocal de combustível.

Por fim, é preciso ficar atento ao alinhamento da direção e ao balanceamento das rodas. Esse serviço deve ser feito a cada seis meses ou 10 mil quilômetros rodados. Bem como após impactos severos, como queda em buracos.

Aliás, ao perceber que a queda é inevitável, deixe de acelerar, mas não pise no pedal do freio. Se você fizer isso, a parte da frente do veículo vai mergulhar e a suspensão ficará no fim do curso. Com isso, quando as rodas saírem da cavidade, o sistema não vai conseguir filtrar os efeitos do choque, que vai ser transferido para o carro.

Via: https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/veja-5-riscos-que-voce-corre-ao-rodar-com-os-pneus-murchos/